Lavar o motor do carro: pode ou não pode? Descubra o jeito certo de fazer isso com segurança

Manter o motor limpo é importante, mas sem colocar os componentes eletrônicos em risco. Veja como eu faço.

Se você já se perguntou se pode ou não lavar o motor do seu carro, saiba que essa é uma dúvida comum entre motoristas. Afinal, quem não gosta de levantar o capô e ver tudo limpinho? Neste post, eu explico quando e como lavar o motor do carro com segurança, principalmente em modelos mais modernos, cheios de eletrônica embarcada.


Por que lavar o motor?

O motor pode funcionar normalmente mesmo sujo — com poeira, lama ou resíduos do dia a dia. Isso, a princípio, não interfere diretamente no desempenho. Mas eu, pessoalmente, prefiro manter tudo limpo. Além da aparência, uma limpeza ocasional ajuda a detectar vazamentos e outros problemas com mais facilidade.


Cuidado com os carros mais modernos

Nos carros atuais, o compartimento do motor está repleto de componentes eletrônicos sensíveis. Há módulos e centrais que controlam funções essenciais do veículo. Se eu jogo água com força, posso até não ver problemas na hora, mas a infiltração pode causar oxidação e, com o tempo, falhas nos sistemas.

Já vi casos em que a água entrou na central eletrônica, causou ferrugem interna e, dias depois, o carro simplesmente não ligava mais. Não vale o risco.


Como eu lavo o motor do meu carro?

O ideal é evitar jatos de água diretamente sobre o motor. O que eu costumo fazer é usar um pano úmido com um produto de limpeza neutro, próprio para esse tipo de higienização. Com isso, eu consigo remover a sujeira superficial sem comprometer a integridade dos componentes.

Se for mesmo necessário usar água, eu tomo o cuidado de cobrir todos os módulos eletrônicos com plásticos ou capas, para evitar qualquer chance de infiltração.


A tradição de lavar o carro no sábado: vale a pena?

Eu adoro esse ritual de fim de semana, mas é importante fazer da forma certa. Lavar a carroceria, rodas e vidros? Tudo certo. Agora, quando chega a hora de cuidar do motor, eu redobro a atenção.


Conclusão: pode lavar o motor, sim — mas com responsabilidade

Lavar o motor do carro não é proibido, mas exige atenção especial, principalmente nos veículos com muita tecnologia embarcada. Se feito de forma errada, o que era pra ser só uma limpeza pode virar um grande problema no futuro.


Gostou da dica?

Se você curte conteúdos sobre manutenção automotiva, cuidados com o carro e dicas práticas do dia a dia, me acompanhe aqui no blog e também nas redes sociais. E não esquece: se tiver dúvidas, deixa seu comentário — eu respondo com o maior prazer!

Posso Usar Água de Torneira no Radiador ?

Entenda Quando e Como Fazer a Troca Corretamente

Você já passou por aquela situação em que o carro começa a esquentar, e a primeira reação é abrir a torneira e completar o radiador com água mesmo? Pois é… Eu já fiz isso também — e muita gente faz. Mas será que essa prática está certa?

Recebemos uma pergunta muito comum aqui no canal:
“Meu carro começou a esquentar. Percebi o nível da água estava baixo e completei com água da torneira. Posso fazer isso?”

Bom, a resposta direta é: não é o ideal. A água da torneira contém muitos minerais que, com o tempo, vão se acumulando no sistema de arrefecimento e causam oxidação. Isso compromete a eficiência do radiador e pode até causar danos mais sérios ao motor.

Por que a água da torneira faz mal ao radiador?

Quando a gente usa esse tipo de água no sistema de arrefecimento, os minerais presentes nela começam a formar uma espécie de crosta interna — uma barreira que atrapalha o resfriamento do motor. Aquele aspecto marrom que você vê na água do radiador não é barro, na maioria das vezes: é oxidação, resultado direto do uso de água comum.

Qual é a água ideal para o radiador?

O recomendado é usar água desmineralizada ou destilada. Essas versões não contêm os minerais que causam acúmulo e corrosão. Mas atenção: apenas água, mesmo sendo a correta, não é suficiente. O sistema precisa também de um aditivo essencial: o etilenoglicol.

O papel do etilenoglicol

O etilenoglicol é um composto que atua como anticongelante e controlador de temperatura. Ele impede que a mistura ferva em temperaturas elevadas e também evita o congelamento em climas frios. A proporção ideal geralmente é de 50% água desmineralizada e 50% etilenoglicol.

Uma dica que eu gosto de dar é: se você quiser testar a qualidade do líquido de arrefecimento, coloque uma amostra no congelador. Um produto de boa qualidade não vai congelar facilmente.

Troca preventiva: quando fazer?

É importante fazer a limpeza completa do sistema de arrefecimento a cada dois anos. Isso ajuda a remover qualquer resíduo de oxidação e mantém o sistema funcionando com eficiência. Além disso, sempre use os produtos certos — nada de “gambiarras” que podem acabar custando caro depois.


Se você já teve problemas com superaquecimento ou tem dúvidas sobre qual líquido usar, compartilha aqui nos comentários. Eu gosto muito de trocar experiências com quem também se preocupa com a manutenção do carro.

Gostou do conteúdo? Então deixa o seu like, comenta aqui embaixo e segue a gente para mais dicas como essa.

Até a próxima!

Como evitar que a Correia Dentada quebre.


Como Evitar Que a Correia do Seu Carro Quebre: Minha Opinião Sobre o Caso dos Motores 3 Cilindros Banhados a Óleo

Recentemente, a polêmica envolvendo os motores três cilindros com correia banhada a óleo voltou a ganhar destaque. E, sinceramente, isso já está virando uma novela sem fim. A ideia por trás dessa tecnologia era simples: aumentar a durabilidade da correia. Mas, na prática, a realidade tem sido bem diferente.

Tenho acompanhado muitos relatos de motoristas e mecânicos. As correias estão esfarelando, soltando partículas e até quebrando. Quem acaba arcando com o prejuízo? O dono do carro, claro. E olha, eu entendo perfeitamente a frustração de quem passa por isso.

Segundo as montadoras, o problema está no uso de lubrificantes que não são os recomendados. Elas afirmam que, quando o óleo usado não é o correto, ele acaba contaminando a correia e gerando desgaste prematuro. Mas será que é só isso mesmo?

Vários mecânicos estão mostrando, inclusive nas redes sociais, que mesmo utilizando o óleo certo — aquele especificado no manual do fabricante — as correias continuam apresentando problemas. E aí a gente entra naquele famoso dilema: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Agora, se você me perguntar qual é a minha opinião sobre tudo isso, eu vou te dizer o que eu faria. Mesmo que esse sistema tenha sido projetado para durar entre 100 e 120 mil quilômetros, eu não confiaria totalmente nisso.

Se eu tivesse um carro com motor três cilindros banhado a óleo — como alguns modelos da Ford e da GM, por exemplo — eu optaria por trocar a correia a cada 50 mil quilômetros. Isso mesmo: 50 mil. E, claro, sempre utilizando o lubrificante certo, aquele indicado pelo fabricante.

Não vale a pena arriscar. Afinal, se essa correia quebra, ela compromete o sincronismo entre a parte superior e inferior do motor. Resultado? Válvulas entortadas, motor danificado e um conserto caro no seu bolso.

Então, fica aqui o meu conselho: se você tem um carro com esse tipo de motor, antecipe a troca da correia. Pode parecer exagero, mas é melhor prevenir do que arcar com um prejuízo muito maior lá na frente.

Fique atento. Porque, olha… essas montadoras às vezes complicam a nossa vida de um jeito que só quem passa por isso entende.


O segredo para Evitar Bolhas nos Pneus (e economizar com manutenções)

Sabe aquelas bolhas que aparecem do nada nos pneus?

Já vi muita gente achando que elas surgem só por causa dos buracos nas ruas — e embora isso aconteça bastante, não é o único motivo. Existem outros fatores, menos óbvios, que também causam esse tipo de dano.

E acredite: pequenas atitudes fazem toda a diferença na hora de evitar prejuízo.

Um erro comum que eu vejo por aí é o famoso “subir na guia” com tudo, ou encostar com força no meio-fio. Parece inofensivo, mas esse tipo de impacto pode danificar seriamente o pneu — ou até mesmo a roda. Por isso, sempre tento ser cuidadoso ao manobrar, principalmente em locais apertados ou com muitas quinas.

E quando o assunto é buraco, aí vai uma dica de ouro que eu uso no meu dia a dia: nunca pise no freio em cima do buraco. Ao avistar um deles, eu reduzo a velocidade antes e, bem na hora de passar, tiro o pé do freio. Isso ajuda a suspensão a trabalhar de forma correta, absorvendo melhor o impacto. Se você passar com a roda freada, a suspensão trava, e o choque vai direto para o pneu e a roda — o estrago costuma ser bem maior.

Outro detalhe que muita gente não percebe: geralmente, os pneus dianteiros são os mais prejudicados. Isso acontece porque eles carregam a maior parte do peso do carro — motor, câmbio, suspensão… tudo isso está na frente. Em carros com tração dianteira, essa carga pode chegar a 75% em relação ao eixo traseiro. E, durante a frenagem, esse peso aumenta ainda mais por causa da transferência de carga. Ou seja, frear em cima do buraco é pedir para arrebentar a roda da frente.

Vi recentemente um caso assim: o motorista danificou dois pneus de uma vez, mas só precisou trocar a roda dianteira. A traseira sobreviveu — justamente porque ela não estava recebendo tanta carga no momento do impacto.

Resumo da história?


Se quiser evitar bolhas, rachaduras e até o risco de um pneu estourar, é simples: freie antes, e tire o pé instantes antes de passar pelo buraco. Pode parecer um detalhe pequeno, mas ajuda muito a preservar a suspensão, as rodas e, claro, o seu bolso.

O que acontece se eliminar a válvula termostática?

O que é a válvula termostática?

É um componente que regula a temperatura do motor, controlando o fluxo de água entre o bloco do motor e o radiador. Quando o motor está frio, ela permanece fechada, permitindo que a água recircule somente dentro do motor para aquecer mais rápido. Quando atinge a temperatura ideal (~90°C), ela abre e deixa a água passar para o radiador, iniciando o resfriamento.


⚠️ O que acontece quando você elimina a válvula termostática?

✅ O que muitos pensam:

Que o motor vai funcionar mais frio.

Que vai resolver problemas de superaquecimento.

❌ O que realmente acontece:

  1. Perda do controle de fluxo:

A água passa diretamente para o radiador o tempo todo.

Mas parte da água (~50-60%) continua recirculando dentro do motor, porque a válvula, quando presente, bloqueia esse caminho ao abrir. Sem ela, isso não acontece.

  1. Funcionamento quente constante:

O motor pode demorar mais a esquentar inicialmente.

Mas depois, trabalha mais quente o tempo todo porque a água não é totalmente forçada a passar pelo radiador.

  1. Risco de superaquecimento silencioso:

O motor aparenta estar funcionando normalmente, mas internamente está mais quente do que o ideal, o que compromete a eficiência e pode causar danos com o tempo.


🔧 Soluções (caso precise eliminar a válvula)

▶️ Para motor AP:

Trancar a mangueira de recirculação (aquela em forma de “S” que sai da bomba d’água para o cabeçote).

Pode ser com tampões de alumínio, tuchos, ou tampões de admissão do Monza, fixados com abraçadeiras ou rosca.

▶️ Para Fiat Marea:

Trancar a passagem na flange de alumínio atrás do cabeçote (lado esquerdo).

A válvula do Marea é grande e cara, mas precisa vedar corretamente o canal interno ao eliminá-la.

▶️ Para motores EA111/EA113:

Mais complicado: dentro da carcaça da válvula há um rasgo interno que permite recirculação.

Precisa de um tucho de alumínio comprido (10-15 cm) que entre justo na carcaça com cola para bloquear esse rasgo.


🚫 Problemas comuns:

Gente elimina a válvula e não veda corretamente os canais de recirculação.

Resultado: o carro continua aquecendo.

Muito comum em AP, Marea e motores da linha EA (como Gol, Fox, Polo, etc).


✅ Conclusão:

Eliminar a válvula termostática sem o conhecimento correto causa recirculação inadequada da água, mantendo o motor quente mesmo sem que o dono perceba. Se for mesmo necessário eliminar (por exemplo, em carros de pista), deve-se fazer o procedimento completo e corretamente, bloqueando todas as vias de recirculação.

Sabe o que são as “Condições Severas” de udo do carro?

Sempre que leio o manual do proprietário de um carro, vejo aquela recomendação sobre veículos que rodam em “condições severas”. E, sinceramente, percebo que muita gente não faz ideia do que isso significa.

A maioria das pessoas imagina que rodar em condições severas é coisa de quem vive puxando carretinhas, trailers ou sobe ladeiras íngremes com o porta-malas cheio até a tampa. Mas a verdade é outra — e bem mais próxima do nosso dia a dia.

Sabe o que, de fato, os manuais estão chamando de condições severas? Situações comuns, que muitos motoristas praticam sem perceber. Como, por exemplo: sair com o carro pela manhã, rodar um curto trajeto, estacionar e deixar o carro parado o dia inteiro. Depois, no fim do dia, fazer o mesmo caminho de volta para casa.

Nesse tipo de uso, o motor quase nunca atinge a temperatura ideal de funcionamento. Aquela marca no painel, no ponteiro da temperatura? Pois é, raramente chega ao ponto ideal.

E por que isso é um problema?

Porque quando o motor trabalha abaixo da temperatura ideal, a central eletrônica do carro aumenta a quantidade de combustível injetado, tentando compensar o frio. Isso significa que o carro vai consumir mais combustível, mesmo em trechos curtos. E, muitas vezes, o motorista reclama do consumo elevado, sem perceber que está dirigindo o tempo todo em uma condição que força o sistema.

Mas tem mais: esse excesso de combustível que não é totalmente queimado durante a combustão pode escorrer pelas paredes internas do motor e acabar contaminando o óleo lubrificante.

Ou seja, além de gastar mais combustível, você ainda reduz a vida útil do óleo do motor. E é justamente por isso que, nessas situações, a recomendação é fazer a troca do óleo antes do prazo padrão.

Se em condições normais o intervalo é de 10 mil quilômetros ou 1 ano, em uso severo ele pode cair para 5 mil quilômetros ou 6 meses. Isso porque o óleo contaminado perde sua eficiência, e continuar rodando com ele pode causar danos reais ao motor.


Fica o alerta:

se você tem uma rotina parecida com essa — trajetos curtos, motor que não esquenta direito, carro que passa muito tempo parado — então, sim, você está rodando em condições severas. E seu carro precisa de cuidados redobrados, especialmente com relação à troca de óleo.

Acredite: é melhor se prevenir agora do que pagar caro depois.

Manutenção de câmbio: trocar ou não o óleo?

Hoje eu quero falar sobre um tema que sempre gera dúvidas entre os motoristas: a manutenção do carro, especialmente quando o assunto é troca de óleo.

Afinal, o carro exige de nós diversos cuidados. Um dos mais conhecidos é a troca do lubrificante do motor, certo? Muita gente me pergunta se é mesmo necessário trocar o óleo do motor a cada 10.000 quilômetros ou um ano.

A resposta é: sim, mas isso pode variar de acordo com o modelo, a idade do carro, o tipo de motor e outros fatores.

Mas e o óleo do câmbio? Por que existem tantas recomendações diferentes quando o assunto é a troca desse óleo? Isso realmente confunde o proprietário, que muitas vezes não sabe ao certo o que fazer.

Câmbio manual

Então, vamos organizar essas informações para facilitar o entendimento:

Se o seu carro tem câmbio manual, normalmente não é necessário trocar o óleo. Isso mesmo: ele é considerado “lifetime”, ou seja, dura a vida toda do câmbio.

Há quem diga que o óleo deveria ser trocado porque ele pode acumular partículas metálicas das engrenagens com o tempo. Se você quiser trocar, tudo bem — mas saiba que não é algo obrigatório.

Câmbio automático

Agora, se o seu carro tem câmbio automático, a história muda. A maioria das montadoras recomenda sim a troca do óleo, mas os intervalos são bem maiores do que no caso do motor.

Enquanto o óleo do motor precisa ser trocado a cada 10 mil quilômetros ou um ano, o do câmbio automático pode variar bastante: há modelos que pedem troca a cada 60 mil quilômetros, outros a cada 100 mil… e alguns até dizem que nunca é necessário trocar, assim como nos manuais.

Mas por que essa diferença?

É simples: o óleo do motor trabalha em condições extremamente exigentes — altas pressões e temperaturas que podem chegar a centenas de graus. Com isso, os aditivos presentes no óleo se degradam rapidamente. Alguns vencem em um ano, mesmo se o carro estiver parado.

Já o óleo do câmbio manual não passa por esse estresse térmico e mecânico, por isso dura muito mais. O óleo do câmbio automático fica no meio do caminho: em alguns casos, ele aguenta bem por muitos quilômetros, mas não é eterno.

O que eu recomendo?

Sempre consulte o manual do proprietário. Lá está escrito exatamente o intervalo certo para a troca do óleo do câmbio, seja ele automático ou manual. Pode estar lá: 60 mil, 100 mil, 150 mil ou até nunca. Mas o mais importante: leia e siga o que está no manual.

O risco de ignorar essa manutenção

Agora, pense naquela pessoa que não se importa com a manutenção. Tem um carro automático, adora o conforto de não precisar trocar de marcha e nunca se preocupa com nada. Essa pessoa está correndo um risco enorme.

Se ela esquecer completamente da manutenção do câmbio, o que pode acontecer?

Simples: vai gastar uma fortuna. Câmbio é caro demais para brincar com ele. O óleo é vital para o bom funcionamento. Se faltar, se estiver muito velho ou com nível baixo, pode comprometer todo o sistema.

Mesmo nos casos em que o câmbio não exige troca de óleo, verificar o nível é essencial. Pode haver um vazamento, uma trinca, um retentor com problema… e aí é preciso completar o óleo imediatamente.

Fica o alerta

Se você é daqueles que não ligam muito para manutenção, ou se o mecânico que cuida do seu carro não verifica o nível do óleo do câmbio, fique atento. Um pequeno descuido pode virar um prejuízo enorme.

Não vale a pena correr esse risco.

O consumo do seu carro não baixa!


Consumo de carro é uma dor de cabeça, né? Eu mesmo já passei por isso e sei como é frustrante. Tem um monte de truques e detalhes que a maioria das pessoas nem imagina. E não é raro encontrar motoristas reclamando:
“Não tem jeito, o consumo do meu carro é maior do que o que aparece no selo do Inmetro, no manual e até comparado com outros modelos iguais.”

Muitos ainda explicam que o carro não é zero quilômetro, mas tem pouca rodagem, e que conhecem bem a procedência, já que era de algum parente, amigo ou vizinho que sempre cuidou direitinho. Mesmo assim, o consumo continua alto.

Oficina resolve?

Eu já levei meu carro em mais de uma oficina. Trocaram vela, cabo, bobina, fizeram limpeza dos bicos, do corpo da borboleta, ajustaram válvula, trocaram sensor, filtro… Teve até verificação de freio travando e compressão dos cilindros. E adivinha? Nada mudou.

E olha que eu faço minha parte também! Sigo tudo que dizem os especialistas e o próprio manual. Pego leve no acelerador, troco marcha na hora certa, calibro os pneus toda semana, alinho a direção quando necessário, evito combustível de procedência duvidosa e ainda não ando com peso desnecessário no porta-malas. Mesmo assim, o consumo não melhora.

E aí, o que mais pode ser?

Bom, descobri que existem alguns “vícios ocultos” que ninguém comenta por aí. Quer ver?

1. Válvula termostática

Tem mecânico que acha que ela só serve em país frio e simplesmente remove. Aí o carro para de superaquecer, mas começa a trabalhar sempre frio, o que aumenta o consumo e as emissões. Se ela foi retirada do seu carro, pode esquecer consumo ideal.

2. Chip alterado

Alguns mecânicos oferecem chips que prometem mais potência, torque, até conversão para flex. Mas quem paga essa conta é o tanque de combustível! Será que o chip do meu carro ainda é o original?

3. Catalisador

Descobri que tem oficina que cobra por um novo, mas na prática só enfia um cano no lugar e vende o catalisador antigo. Isso desregula tudo e aumenta o consumo. O pior é que ainda desligam a luz de alerta do painel pra ninguém desconfiar.

4. Sensor de fluxo de ar (Mass Air Flow)

Esse sensor mede quanto ar entra no motor. Se ele falha, a mistura ar/combustível sai errada e o carro começa a gastar mais. É um item que poucos lembram de verificar.

5. Pneu verde

O nome é “verde”, mas ele é preto mesmo. Esses pneus são projetados para reduzir o atrito e economizar combustível. Só que eles custam mais, então muita gente troca por pneus comuns. Aí não dá pra esperar o mesmo consumo que o medido oficialmente.

Ah, e tem mais: trocar rodas e pneus por outros maiores também muda tudo — até o odômetro passa a registrar errado. Se ele marca 10 km, pode ser que você tenha rodado 11. A conta do consumo feita com base nesses dados nunca vai bater com a realidade.

E se não for nada disso?

Pois é… Às vezes o problema vem de fora, coisas que nem eu, nem a oficina, nem a fábrica conseguimos resolver. Já pensou nisso?

Altitude

Descobri que quanto mais alto, maior o consumo. Em cidades montanhosas, o motor perde potência por causa do ar mais rarefeito. Cada 100 metros de altitude podem representar até 1% de perda! Ou seja, quem mora mil metros acima do nível do mar pode gastar até 10% a mais.

Topografia

Morar em uma cidade cheia de subidas e descidas também pesa. E não, a economia na descida não compensa o que se gastou na subida.

Quebra-molas

E, claro, os quebra-molas, que mais parecem armadilhas. A gente tem que reduzir quase até parar e arrancar de novo. Isso afeta demais o consumo também.


Bom, agora você sabe que nem sempre o problema está no carro ou no motorista. Às vezes, o vilão é invisível — ou pior, está debaixo do nosso nariz.

Se curtiu essas informações e quer saber mais, me acompanha nos próximos conteúdos! Até logo!


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Você sabe a diferença entre pneu recauchutado, recapado e remoldado?

Sabe aquela expressão “ouviu o galo cantar, mas não sabe onde”? Pois é, é exatamente isso que tenho percebido quando o assunto é pneu recalchutado. Muita gente anda com dúvida e, pior ainda, repassando informações erradas por aí.

Então deixa eu esclarecer uma coisa importante: o pneu recalchutado é legal, seguro e, sim, recomendado — desde que feito por uma empresa séria e tecnicamente capacitada. Na verdade, o uso desse tipo de pneu vai muito além dos carros de passeio. Aviões, caminhões, ônibus e outros veículos pesados também circulam com pneus recalchutados. Isso mesmo: avião com pneu recalchutado. Se é seguro para eles, por que não seria para o seu carro?

Mas antes de mais nada, é importante entender a diferença entre os termos recapado, recalchutado e remoldado — porque são coisas diferentes, e é aí que mora a confusão.

Pneu recapado


O recapado é aquele em que apenas a banda de rodagem (a parte que toca o chão) recebe uma nova camada de borracha. É uma espécie de “revestimento superficial”.

Pneu recauchutado


Já o recalchutado vai além: além da banda de rodagem, ele também recebe borracha nas laterais. Ou seja, é um processo mais completo, que garante maior segurança e durabilidade ao pneu. Quando bem feito, por uma empresa competente, não há problema algum em utilizar pneus recalchutados.

Agora, o remoldado…


É aqui que o alerta precisa ser dado. O pneu remoldado é um verdadeiro risco — e o pior: foi aprovado de forma totalmente inadequada aqui no Brasil. O processo de remoldagem envolve a retirada de toda a borracha do pneu e a aplicação de uma nova estrutura por cima da carcaça antiga. O problema? Você não sabe qual era o uso original dessa carcaça.

Vou te dar um exemplo simples: dois pneus podem ter exatamente as mesmas medidas — aro 15, perfil 70, largura igual — mas um deles foi feito para um carrinho de cachorro-quente, e o outro, para uma Ferrari. Aparentemente, são idênticos. Mas no comportamento, na frenagem ou em uma curva, eles são mundos completamente diferentes.

O grande erro está no fato de que o remoldado brasileiro não exige, por norma, que se mantenha na lateral do pneu a informação de qual era a destinação original da carcaça. Em países sérios, essa informação é obrigatória. Assim, você sabe se está comprando um pneu com estrutura para carro esportivo ou para uso leve.

Aqui, infelizmente, você pode estar colocando um pneu com carcaça inadequada no seu carro — e nem saber. A economia, nesse caso, simplesmente não vale o risco.

Conclusão:

Recalchutado, sim. Remoldado, não!
Então, da próxima vez que ouvir alguém dizer que “pneu recalchutado não presta”, já sabe: essa pessoa provavelmente “ouviu o galo cantar, mas não sabe de onde veio o som”. O recalchutado é seguro e confiável, desde que feito com qualidade. O remoldado, por outro lado, é um verdadeiro tiro no escuro — você nunca sabe o que está levando pra casa.

Fica a dica!

Etanol a 35% na Gasolina: Quem Paga a Conta é o Motorista

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A chamada “Lei do Combustível do Futuro” foi aprovada pela Câmara dos Deputados, e agora resta apenas a sanção presidencial. Mas o que isso significa, na prática, pro consumidor que abastece seu carro todo dia?


Vamos direto ao ponto: mais etanol na gasolina, mais dor de cabeça pra quem depende do carro — especialmente os mais antigos — e um lucro garantido pra indústria de biocombustíveis.


A mudança mais polêmica é o novo limite permitido de etanol anidro na gasolina. Hoje, o percentual está em 27,5%. Com a nova lei, esse teto pode chegar a 35%. Embora essa alteração dependa ainda de aprovação técnica do Ministério de Minas e Energia, há uma forte pressão do setor agropecuário e de parlamentares ligados ao agronegócio para que esse aumento aconteça.

Mas o que muda pra você, motorista?

Se você tem um carro flex, provavelmente não vai notar diferença no funcionamento do motor. Esses veículos já foram projetados pra lidar com variações grandes na proporção de etanol. Mas não se engane: o que não muda no motor, muda no bolso. O etanol tem um poder energético menor do que a gasolina — ou seja, se a mistura for mais rica em etanol, o consumo aumenta. E alguém aí realmente acha que o preço da gasolina vai cair?


Spoiler: dificilmente isso vai acontecer.

Quem se dá mal mesmo?

Os donos de carros fabricados antes de 2003, quando o sistema flex começou a se popularizar no Brasil. Esses veículos foram projetados exclusivamente para gasolina e podem sofrer bastante com o aumento de álcool no combustível. O mesmo vale para muitos importados a gasolina — modelos que não estão preparados para lidar com etanol em alta proporção. Vai ser preciso esperar testes específicos, mas a previsão não é animadora.

E o biodiesel? A conversa é parecida.

O texto aprovado também prevê que a mistura de biodiesel no diesel fóssil, atualmente em 14%, aumente gradualmente até 20% até 2030. Parece bom? Só se você for produtor de biodiesel. Na prática, esse aumento pode gerar problemas sérios para caminhões, SUVs e picapes a diesel.


Quem trabalha na estrada já sabe: o excesso de biodiesel pode gerar borra no sistema de combustível. Isso entope filtros, bicos injetores e pode parar o motor do nada — tudo por conta de resíduos causados por microrganismos que se desenvolvem nesse tipo de combustível vegetal. E adivinha quem paga o conserto?


O motorista, claro.


Enquanto entidades do agro e parlamentares comemoram os lucros futuros, o dono do carro ou do caminhão fica com a parte mais difícil da equação: arcar com os efeitos colaterais dessa política. Afinal, não basta encher o tanque — tem que saber com o que você está abastecendo.